Indústria e Comércio vão continuar a criar emprego em 2023
O Ministério da Indústria e Comércio foi um dos principais contribuintes para o alcance do crescimento económico fora do sector não petrolífero e diversificação da economia em 2022, segundo o Jornal de Angola.
O contributo foi visto na estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é de cerca de 3,0 por cento, com base na execução do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022).
A avaliação foi feita, ontem, em Luanda, pelo ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, em declarações aos órgãos de comunicação social à margem da cerimónia de cumprimentos de fim-do-ano concedida aos funcionários da instituição que dirige, tendo enaltecido o empenho dos funcionários do ministério durante o ano 2022, depois de um período de restrições devido à pandemia.
O titular da pasta da indústria e Comércio frisou que a responsabilidade e objectivo daquela instituição “é garantir que o que está bem feito se mantenha e que possamos ir melhorando na entrega dos níveis de serviço que o sector e as populações necessitam”, assentes nas premissas para o aumento da empregabilidade e bem estar dos cidadãos na sua plenitude.
Victor Fernandes reconhece que a balança comercial “ainda é deficitária”, na medida em o nível de exportação de produtos fora do sector não petrolífero está muito distante do que representa o volume de importação, mas deixa transparecer a sua crença num futuro promissor em função considerável “aumento da produção nacional ser já um facto”.
“Se formos às lojas de distribuição moderna, aos mercados e outros locais, notamos que há, de facto, um aumento muito grande da produção nacional, principalmente ao nível dos produtos alimentares. A indústria transformadora de produtos alimentares também aumentou muito a sua capacidade, o que significa que o sector não petrolífero da economia está a crescer. Este crescimento do sector não petrolífero é o melhor para um país que se quer desenvolvido, é o melhor para um país que quer gerar empregos”, frisou.
Victor Fernandes disse que o Executivo está consciente da existência de uma elevada taxa de desemprego, pelo que sublinha que “esta é a trajectória que devemos seguir para inverter a situação e colocá-la na nossa prioridade máxima”, garantir um ambiente de negócios capaz de fazer com que os empresários se sintam cada vez mais compelidos ao risco e assumir a sua responsabilidade de geração de emprego.
Conforme disse, o objectivo é manter a marcha de crescimento, de modo que este crescimento se traduza no aumento da empregabilidade, da qualidade e constância do emprego. Para o ministro, 2022 foi um ano de arranque desta nova trajectória de crescimento, após um período de recessão causada por diversos factores e agravada pela pandemia da Covid-19, pelo que estamos muito expectantes quanto aos resultados a serem alcançados durante o quinquénio 2023-2027, em que, além de se consolidar o crescimento do ano prestes a findar se consiga projectar níveis mais elevados de crescimento.