Índice mundial de preços da FAO volta a cair em Agosto

O índice de preços mundiais da agência de alimentos das Nações Unidas caiu pelo quinto mês consecutivo em Agosto, após ter atingido recordes no início deste ano.

Num relatório, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destaca que a retomada das exportações de grãos dos portos ucranianos contribuiu para melhorar as perspectivas de oferta.

O índice de preços da FAO acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, tendo alcançado uma média de 138,0 pontos no mês passado, contra 140,7 (valor revisado) em Julho.

O número de Julho havia sido calculado anteriormente em 140,9.

O índice caiu de um recorde de 159,7 em Março, atingido após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A leitura de Agosto foi, no entanto, 7,9% superior à do ano anterior.

Preços de cereais

O índice de preços de cereais da FAO caiu 1,4% na base mensal em Agosto, com a reabertura dos portos ucranianos do Mar Negro sob um acordo diplomático, bem como perspectivas favoráveis de colheita de trigo na América do Norte e na Rússia pesando sobre os preços, disse a agência.

Mas o índice de preços do milho subiu 1,5% no mês passado, uma vez que o clima quente e seco reduziu as perspectivas para a produção na Europa e nos Estados Unidos, disse.

Os índices de preços de óleos vegetais, açúcar, lacticínios e carnes caíram, reflectindo em parte a me-lhora da oferta.

Em estimativas separadas de oferta e demanda de cereais, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,774 mil milhões de toneladas, ante uma projecção anterior de 2,792 mil milhões no início de Julho.

Isso é 1,4 por cento abaixo da produção estimada para 2021.

A previsão para a produção de cereais em 2022, segundo a FAO, foi cortada devido às perspectivas reduzidas para o milho por causa do clima no hemisfério Norte, com os rendimentos da União Europeia caindo 16% abaixo da média de cinco anos.

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