CEDEAO denuncia medidas repressivas da junta militar do Burquina Faso

Há mais de uma semana que não há notícias do paradeiro do antigo ministro burquiname Ablassé Ouédraogo. Também há quase um mês que os familiares de Daouda Diallo aguardam para saber o que aconteceu ao representante do Collectif contre l’impunité et la stigmatisation des communautés du Burkina Faso (Colectivo contra a Impunidade e a Estigmatização das Comunidades do Burquina Faso). Ambas as personalidades têm em comum o facto de serem críticos da junta militar no poder, o que, provavelmente, terá levado ao seu recrutamento militar forçado.

Uma semana após a detenção do antigo ministro Ablassé Ouédraogo, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO denunciou, num comunicado emitido no domingo, dia 31, o procedimento “ilegal e arbitrário” de intimações que é repetidamente utilizado no Burquina Faso contra aqueles que levantam a voz para criticar o regime de Ibrhaim Traoré.

A Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental exprimiu a sua “preocupação” com “a prisão e detenção de personalidades políticas e da sociedade civil pelas autoridades de transição”. Esta preocupação é seguida de um “apelo urgente à libertação imediata das pessoas detidas”.

A CEDEAO apela igualmente ao Burquina Faso para que tome todas as medidas urgentes para assegurar um “rápido regresso à ordem constitucional”.

No dia anterior à publicação deste comunicado de imprensa, a família de Ablassé Ouédraogo tinha emitido uma outra mensagem afirmando que não tinha notícias do líder do partido Le Faso Autrement.

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