Bienal de Luanda pode ter como tema os 50 anos da Independência Nacional

Diekumpuna Sita Nsadisi José, coordenador do Comité Nacional de Gestão da Bienal de Luanda, informou, quarta-feira, que está a ser criada uma comissão mista com a responsabilidade de apresentar temas ligados aos 50 anos de Independência de Angola, assim como os feitos da União Africana em prol da humanidade.

O coordenador, que falava à imprensa depois de uma audiência que a ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote, concedeu à directora-geral adjunta da UNESCO para as Ciências Naturais e Exactas, Lidia Arthur Brito, disse que a estrutura da Bienal de Luanda tem a ver com a mobilização da juventude e prevenção de conflitos, uma actividade que é realizada com êxito pelo Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação no continente, João Lourenço.

Diekumpuna Sita Nsadisi José lembrou que no próximo ano o Presidente da República, João Lourenço, vai assumir a presidência rotativa da União Africana, por isso é importante a criação desta comissão para que apresente as propostas dos temas para a Bienal de 2025.

A Bienal, de acordo com o coordenador, visa também criar uma mentalidade colectiva de paz, não só a nível familiar ou nacional, mas também a nível do continente, para que os jovens possam sustentar no seu dia-a-dia a tolerância e a paz duradoura em África como forma de ser e estar.

Por sua vez, Lídia Arthur Brito, directora-geral adjunta da UNESCO para as Ciências Naturais e Exactas, sublinhou que o encontro serviu para fazer o balanço da 3ª edição da Bienal de Luanda, realizada em 2023, e preparar a próxima de 2025.

“A Bienal de Luanda é uma plataforma de colaboração entre o Governo de Angola, a UNESCO e a União Africana, por isso a visita serviu para reforçar a cooperação que temos com as autoridades angolanas.  Reconhecemos o grande compromisso político do Governo de Angola em ter uma cultura de paz, que é um dos focos centrais da nossa organização”, frisou Lídia Arthur Brito.

Outras áreas de cooperação também estiveram na agenda, segundo a directora-geral adjunta da UNESCO, apontando os sectores da Educação, Cultura e Recursos Naturais como áreas em que se pretende trabalhar com o país.

“Angola é um país muito rico em recursos naturais, rico em recursos oceânicos, e por trabalhar com reservas da biosfera e geoparques, achamos que Angola tem um potencial enorme para ter estes sítios que são designados pela UNESCO”, ressaltou.

Lídia Arthur Brito fez saber que existem vários programas de formação de quadros nas áreas da Educação conectadas à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Cultura que permitem uma cooperação estreita com o Governo de Angola.

“Trazemos a nossa assistência técnica, mas também boas práticas de Angola para outros países e vice-versa”, realçou.

A directora-geral adjunta da UNESCO anunciou que se iniciou agora a discussão dos temas que devem ser trazidos para a Bienal, no sentido de trazer parceiros globais, para que os fóruns que são realizados possam inspirar outros eventos. “A nossa ambição é fazer da Bienal de 2025 a maior de sempre e com muito mais impacto para a construção da paz em África e no mundo”, sublinhou.

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