Assinala-se hoje Dia Mundial da Prevenção do Suicídio
Hoje, 10 de Setembro, assinala-se o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A data é da responsabilidade da Associação Internacional para Prevenção do Suicídio e endossado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O objectivo geral da data é consciencializar sobre a prevenção do suicídio em todo o mundo, promovendo a colaboração das partes interessadas e auto capacitação para lidar com a automutilação e o suicídio por meio de acções preventivas.
Estes objectivos podem ser alcançados através da capacitação dos profissionais de saúde e outros actores relevantes, mensagens positivas e informativas destinadas à população em geral e grupos de risco, como os jovens, e facilitando a discussão aberta sobre saúde mental em casa, na escola, no local de trabalho, etc. Aqueles que são afectados pelo suicídio também são incentivados a compartilhar suas histórias e procurar ajuda profissional.
A questão, considerada de saúde pública, causa mais de 700 mil mortes anuais a nível global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até 2026, o tema “Mudando a Narrativa sobre o Suicídio” visa chamar a acção com o tópico “Comece a Conversa”.
Mudando a cultura de silêncio e estigma
A OMS aponta consequências sociais, emocionais e económicas de longo alcance provocadas pela situação que “afecta profundamente indivíduos e comunidades”. Para a instituição, é essencial alterar a narrativa sobre o suicídio, alterando a percepção e mudando da cultura de silêncio e estigma em prol da abertura, da compreensão e do apoio.
Como forma de evitar a quarta principal causa de morte entre jovens entre 15 e 29 anos, a OMS defende que uma conversa contribui para uma sociedade solidária e compreensiva, independentemente da duração.
A agência lista como benefícios do início deste diálogo a quebra de barreiras, o aumento da consciência e a criação de costumes incentivando o apoio.
Outro ponto que se pretende atingir com o tema é enfatizar a necessidade de se priorizar a prevenção do suicídio e a saúde mental na definição de políticas contando com mais ação governamental.
Acesso ao tratamento e apoio
A proposta da OMS é que essas decisões coloquem em primeiro plano a saúde mental, aumentem o acesso ao tratamento e forneçam apoio às pessoas que precisem.
A OMS, que começou a assinalar-se em 2003, adoptou o Resumo de Política sobre os Aspectos de Saúde da Descriminalização do Suicídio e Tentativas de Suicídio destacando os efeitos profundos e arrasadores em famílias e comunidades.
Baixar a taxa global de suicídio em um terço até 2030
Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e “associam-se a factores sociais, económicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos.”
A OMS defende ainda que o suicídio pode ser impulsionado por eventos da vida que geram tensões, como perda de meios de subsistência, pressões de trabalho ou académicas, fim de relacionamentos e discriminação, entre outros.
A redução da taxa global de suicídio em um terço até 2030 é uma meta dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, e do Plano de Acção Global de Saúde Mental da OMS.