Angola procura Parcerias Público-Privadas que ajudem a partilhar energia com países vizinhos

O Presidente da República, João Lourenço, anunciou, na III Cimeira sobre Financiamento para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África, que Angola tem a intenção de partilhar com os países vizinhos da SADC e da África Central parte da energia que Angola produz, desde que surjam investidores interessados em construir as linhas de transportação de energia, num regime de parceria público-privada.

O Chefe de Estado Angolano e Presidente em Exercício da União Africana fez saber que a geração de energia eléctrica em Angola tem hoje capacidade para atender as necessidades do país, mas, não obstante a isso, continua a construir ainda a grande barragem hidro-eléctrica de Caculo Cabaça, que vai produzir 2.172 Megawatts (MW).

Assegura que existe ainda um enorme potencial energético por aproveitar se forem construídas as barragens do Zenzo, Túmulo do Caçador e Luime, na bacia do rio Kwanza, que podem gerar juntas mais 1.240 Megawatts, se forem construídas as barragens de Cafula, do Benga e mais três pequenas na bacia do rio Keve, que juntas podem gerar mais 2.685 MW, outras pequenas barragens na bacia do rio Longa, que podem totalizar a geração de mais 1.059 MW, e na bacia do rio Cunene, onde, se forem construídas as barragens de Baynes, Jamba ya Mina e Jamba ya Ombo, ainda se pode ir buscar mais 1.361 MW, sendo que a de Baynes é um projecto binacional partilhado com a Namíbia.

No conjunto dessas potenciais fontes de produção de energia hidroeléctrica, João Lourenço destaca que se podem ganhar mais de 8.000 MW adicionais que podem colocar o país a produzir 14.845 MW nas próximas duas décadas.

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