Adesão equilibrada de alunos e docentes marca arranque do ano lectivo

A abertura do ano lectivo 2022/2023, em todas as instituições de Educação Pré-Escolar, Ensino Primário e Secundário públicas, comparticipadas e privadas, foi marcada, nesta terça-feira (dia 6), em todo o país, com adesão equilibrada de alunos e professores.
Na capital, Luanda, o primeiro dia de aulas no ensino geral caracterizou-se pela fraca presença de alunos e professores nas diversas escolas.
Numa ronda efectuada pela ANGOP, nas diferentes instituições de ensino geral, não foram muito notáveis as batas brancas a colorirem as salas de aula, pelo que as direcções apelaram aos encarregados que levem os seus educandos à escola.
Na escola nº 1.233, à Ilha de Luanda, foi possível observar alguns alunos, professores e encarregados de educação que assistiam a uma missa de abertura das actividades escolares, de acordo com a sua directora Gongo Domingas Camaio Conda, que disse ser uma prática para brindar a comunidade estudantil.
A responsável apelou aos pais para que enviem as crianças afim de não perderem as primeiras matérias.
Quanto aos manuais de apoio, Gongo Conda disse estar resolvido, por terem levantado já material, da Repartição Distrital, a fim de distribuí-los aos alunos.
Já na escola primária 1.207 (Ex escola 8) a presença de alunos e encarregados de educação foi bastante tímida, a contar que apenas nesta terça-feira muitos foram consultar as listas.
Segundo a directora pedagógica da instituição, Isabel Chipundo, têm défice de professores, tendo apenas 17 para um universo de 820 alunos, pedindo aos pais que enviem os meninos à escola.
No Magistério Mutu Ya Kevela, as aulas arrancaram também de forma tímida com a 11ª, 12ª classes, enquanto as de 10ª apenas começam no dia 12 de Setembro, estando os da 13ª classe em regime de estágio curricular.
Para a directora da instituição, Catarina Rodrigues dos Reis, as condições de arranque estão criadas e na segunda-feira fizeram o programa de quebra das férias, facto que permitiu a afluência de alguns alunos.
Na escola do I ciclo Ngola Zinga, os alunos e encarregados consultaram as listas, e segundo o seu director, Marcelo Branco da Costa, tudo está criado para o arranque das aulas.
Em algumas escolas do município de Viana, como a 5001 “Fidel de Castro”, 5002 “Preparatória” e a 5111, foi possível verificar a comparência de encarregados de educação que mantiveram contacto com as listas afixadas para se inteirarem das salas e horários dos seus educados.
Por parte dos alunos que entraram pela primeira vez no sistema de ensino é notório a ansiedade para conhecer os seus colegas e os professores.
Enquanto isso, no Cazenga, o primeiro dia de aulas foi marcado com um grau elevado de absentismo de alunos nas escolas.
Na escola 3.016, o número de alunos não foi considerável, porque os pais não levaram os filhos à escola, daí apelar a comunidade através das comissões de moradores para incentivar os alunos, informou a director da instituição, Paulo Hilário.
Na escola primária 3.048, estiveram presentes pelo menos 36 alunos, que não representam a metade de matriculados segundo o director, Ladislau Abreu Quinguari.
O professor Simão Francisco disse que depois do repouso merecido, está motivado para cumprir o seu dever de ensinar, mas infelizmente os alunos não se fizeram presentes na instituição.
No município de Belas, os estabelecimentos dos diversos níveis de ensino no distrito Urbano dos Ramiros registaram uma presença massiva de alunos.
O director do Complexo Escolar Pensador nº. 2.031, António Tchissola disse para este ano estão matriculados dois mil e 680 alunos, dos quais mil para o ensino primário e mil e 680 para o primeiro ciclo, com três turnos e com 20 salas de aulas.
Já a escola do segundo ciclo secundário 2.069, arrancou com mil 400 alunos, em dois turnos, deu a conhecer o seu director Isidoro Ngunga.
O Instituto Médio Politécnico do Ramiros conta com 331 alunos, dos 324 previstos, a funcionar numa primeira fase no período da manhã com nove turmas, com 25 professores, dos 45 previstos.
Em Luanda, o presente ano lectivo contará com 139.356 novos alunos, nos diferentes níveis de ensino, dos quais 17.262 mil entrarão, pela primeira vez, no sistema de educação e ensino (na classe de iniciação).
O presente ano lectivo computará igualmente com 44 novas escolas, para albergar dois milhões de alunos que serão acompanhados por 30 mil professores.
O ano lectivo 2022/2023 foi aberto segunda-feira, 5 de Setembro, em Caxito, província do Bengo, onde o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que o ensino geral em Angola conta com 220 mil professores e mais de 10 milhões de alunos no pré-escolar, primário e secundário.
O governante referiu que no último quinquénio, foram admitidos cerca de 45 mil novos professores, estando neste momento a serem inseridos os últimos 7.500 para cobrir vagas ainda existentes em várias escolas.
Lembrou que entre 2017/2022, foram construídas mais de 670 escolas em todo o país que permitiram a inserção de cerca de dois milhões de novos alunos nos diferentes subsistemas de ensino, com destaque para o pré-escolar e primeira classe.
Já na cidade de lOndjiva, província do Cunene, o cenário foi completamente diferente em relação a capital do país, as instituições de ensino escolar da cidade. Registu-se uma adesão considerável de alunos no primeiro dia de aulas, referente ao ano lectivo 2022/2023.
Ao contrário dos anos anteriores, este ano constatou-se um elevado número de alunos logo nas primeiras horas, assim como de pais e encarregados de educação que acorreram às escolas para saberem das listas e calendários.
A directora da escola primária 122, Cecília Ndesaanya, disse que o nível de adesão escolar foi satisfatório, permitindo aos professores leccionar logo no primeiro dia de aulas.
Fez saber que a instituição, com sete salas de aula, matriculou 786 alunos, dos quais duas turmas ao ar livre, cujas condições de biossegurança e material escolar estão salvaguardadas.
Na escola primária 254 de Naipalala, com 17 salas, mais de 50 por cento dos mil e 307 alunos matriculados, apareceram na instituição, o que possibilitou o arranque efectivo das aulas, conforme fez saber a directora pedagógica, Eugenia Ndedeleka.
O primeiro dia de aulas no presente ano lectivo foi marcado por um grande nível de absentismo de alunos e professores em algumas escolas da cidade de Ndalatando (capital do Cuanza Norte).
Numa ronda efectuada pela Angop, nos períodos da manhã e tarde, constatou-se a ausência significativa de alunos e professores em algumas escolas, sobretudo do ensino primário. Muitos pais não levaram as crianças para as aulas.
Na escola 20, localizada no centro da cidade de Ndalatando, apesar da presença massiva de professores, muitas crianças não compareceram, uma realidade que já é habitual em época do início do ano lectivo, segundo o director pedagógico da instituição, António Manuel.
Realidade similar foi constatada nas escolas 2, dos bairro Azul, 211 no centro da cidade, 333 da Kipata e 18-A do bairro Tenga, onde ainda é visível a falta de higienização das salas de aulas, carteiras, quadros e do espaço adjacente à instituição.
Contrariamente às demais unidades de ensino, o director da Escola Missionária dos Irmãos Maristas, Floriano Silepo, informou que registou-se a presença significativa de alunos e professores no primeiro dia de aulas, facto similar constactou-se na Escola Missionária Santa Maria Goretti.
No entanto, no município do Lucala muitos alunos foram à escola no primeiro dia de aulas. No ensino primário, os alunos aproveitaram o primeiro dia para conhecer as respectivas salasde aulas e o professor.
Alguns encarregados de educação também marcaram presença nas escolas para o primeiro contacto com os docentes.
A administradora do Lucala, Maria Mafuta, visitou várias instutições de ensino para avaliar o grau de organização e certificar-se da presença de alunos e docentes.
Duzentos e dez mil alunos estão matriculados para frequências das aulas em 203 escolas, correspondente a 2.146 salas disponíveis nos dez municípios da província do Cuanza Norte.
Dos alunos matriculados, 30 mil alunos estão inseridos pela primeira vez no sistema de ensino geral no Cuanza Norte que dispõe de 89 escolas primárias, 84 complexos escolares, 13 unidades do I ciclo e 17 do II ciclo.
Relativamente a província da Huila, a maior parte das escolas do ensino geral públicas do Lubango registou uma presença massiva de professores, mas um absentismo considerável de alunos, no primeiro dia de aulas do ano lectivo 2022/203.
Notou-se ainda que algumas escolas não têm criadas as condições de biossegurança e outras sequer afixaram as listas de constituição das turmas.
O porta-voz do Gabinete Provincial da Educação, Benício Puna, lamentou o facto e alertou que os professores têm obrigação de comparecer nas salas de aulas e as direcções estão orientadas a marcar faltas aos ausentes e o mesmo sucede com os alunos.
Para ele, os responsáveis municipais da educação devem impôr a “tolerância zero” ao absentismo, visando a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.
Na província da Huíla, o ensino geral arrancou com 700 mil alunos matriculados em mil 528 escolas.
Comparativamente ao ano anterior, há um aumento de 32 mil 089 alunos, graças a entrada em cena de 44 novas escolas do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Ao todoa Huíla dispõe de oito mil 810 salas de aulas, onde vão leccionar 20 mil 864 professores, mil 277 deles recém-admitidos e já cadastrados no Sistema de Gestão Financeira do Estado (SIGFE).
Na província do Zaire, o primeiro dia de aula no período matinal em algumas escolas da cidade de Mbanza Kongo, foi marcado com absentismo de muitos alunos.
Numa ronda efectuada aquela cidade notou-se pouca presença de alunos em salas de aula.
Na escola primária nº271, vulgo escola das FAA, localizada no bairro Sagrada Esperança, por exemplo, verificou-se uma presença razoável de alunos, ao passo que o corpo docente apareceu em grosso.
O director da referida escola, Alberto Fernando António, estimou em mais de 50 por cento o número de alunos que compareceram à escola neste primeiro dia de aulas, frisando que a instituição matriculou dois mil discentes.
Pediu aos pais e encarregados de educação a encaminhar os seus educandos à escola, para quem os professores escalados para este período compareceram todos nas salas de aula a espera dos alunos.
Valorizou o comportamento de alguns pais que acompanharam hoje os seus filhos à escola para identificar as turmas e os professores dos seus educandos.
Informou que o presente ano lectivo, neste estabelecimento de ensino, está a ser assegurado por 44 docentes, em dois períodos (matinal e vespertino), abarcando 21 salas de aula.
Já o director da escola do I ciclo de ensino secundário, Doutor António Agostinho Neto, Manuel Faustino Gomes, assegurou que, no período da manhã, boa parte de professores marcou presença e lamenta a pouca afluência de alunos.
Apelou aos pais e encarregados da educação para levarem os seus educandos à escola, nesta quarta-feira, para se evitar a marcação de faltas.
Por sua vez, o gestor da escola do Magistério Primário “Daniel Nvemba”, Mbalu Lukaya, informou que os professores compareceram em massa e leccionaram, esta manhã, embora lamentar, também, a presença de poucos alunos.
A referida instituição, de acordo com o responsável, matriculou 1.393 alunos nas opções de Matemática/Física, Geografia/História, Biologia/Química, Empreendedorismo, Línguas Portuguesa, Inglesa e Francesa, assim como Educação Moral e Cívica.
A escola conta com 70 professores, dos quais quatro são colaboradores.
O sector da educação no Zaire matriculou, neste ano lectivo, 197 mil 895 alunos do primeiro nível ao II ciclo de ensino secundário, estando disponíveis 2.505 salas de aula e 4.820 professores, dos quais 342 docentes recrutados no último concurso público.
Importa lembrar que no ano lectivo 2021/2022, a província matriculou 190 mil 776 alunos do ensino primário ao II ciclo do ensino secundário.
Em Cabinda as instituições de ensino públicos e privado de diferentes níveis de ensino pré-escolar, primária e do I e II ciclos em Cabinda, registaram hoje, terça-feira, primeiro dia do arranque do ano lectivo 2022/2023, uma adesão considerável de alunos.
Na ronda efectuada esta manhã pela ANGOP, constatou-se em algumas escolas da cidade de Cabinda, uma adesão considerável de alunos do ensino pré-escolar e primário acompanhados pelos seus encarregados de educação e pais nas instituições escolares.
Já nas instituições do I e II ciclos, o cenário é diferente, no caso das escolas do I ciclo, Barão Puna e do II ciclo, Industrial e Comercial de Cabinda, onde a presença dos estudantes centrou-se na verificação dos nomes nas listas e procura das salas de aula, enquanto outros, reclamam nas direcções a reconfirmação dos seus nomes que não foram publicados nas listas