79.ª Assembleia-Geral encerra com foco no futuro Sustentável da Humanidade

A 79.ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas encerra, hoje, em Nova Iorque, um evento marcado de forma geral pela aprovação do Pacto do Futuro, virado para o Desenvolvimento Sustentável da Humanidade.
A reunião teve início no dia 22 deste mês e contou com a participação de Chefes de Estado e de Governo dos 193 Estados–membros, com realce para o Presidente João Lourenço, com abordagem centrada nos desafios críticos e as lacunas na governança global expostas pelos recentes choques internacionais.
A 17.ª sessão plenária de hoje, segundo o programa de encerramento citado pelo Jornal de Angola, prevê para o período da manhã intervenções dos representantes da República Árabe Síria, Eritreia, Nicarágua , Níger, Burkina Faso, Congo, Argelia, Burundi, Canadá, Irlanda, Moçambique e outros.
De referir que a 17.ª sessão da plenária antecede a cerimónia de encerramento da 79.ª Assembleia da ONU.
Um dos pontos mais altos da sessão diversificada foi o debate subordinado ao tema “Não deixar ninguém para trás: agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”, que constitui o principal momento na sede da organização, o único do qual os Chefes de Estado e de Governo participam regularmente todos os anos.
A 79.ª Assembleia-Geral teve também como foco a promoção de soluções multilaterais com base na Carta da ONU e na aceleração dos esforços para implementar a Agenda 2030 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
As prioridades incluem o apoio à paz e à segurança internacionais, a promoção do desenvolvimento sustentável, o combate às mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição.
O último dia da jornada do Chefe de Estado em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU, foi assinalado pela confirmação da visita do Presidente norte-americano Joe Biden a Angola, um marco histórico nas relações entre os dois países.
Em reacção à confirmação, João Lourenço considerou a visita do homólogo muito boa para o país. Sobre os trabalhos à margem da 79.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, João Lourenço respondeu de forma positiva, tendo referido que os participantes aproveitaram a oportunidade para manifestar a preocupação pelo estado bastante perigoso em que o mundo se encontra.
Sobre o Pacto do Futuro, o Presidente João Lourenço disse que o instrumento oferece uma oportunidade para uma participação mais activa, significativa e actuante dos jovens e das mulheres na tomada de decisões a todos os níveis.
Ao intervir no segundo e último dia da Cimeira do Futuro, o Chefe de Estado considerou, ainda, o Pacto para o Futuro um verdadeiro ponto de viragem para uma abordagem mais dinâmica, comprometida, engajada e assertiva a questões importantes da Humanidade.
Defendeu que na implementação deste roteiro global “não podemos deixar de fora a juventude e as mulheres”, por serem “motores vitais de transformação e modernização da Humanidade”.
Sobre o Acordo aprovado por unanimidade, cuja novidade recai para os acordos inéditos sobre a governação internacional da Inteligência Artificial (AI) e desarmamento nuclear, o Secretário-Geral da ONU disse que os documentos resgatam o multilateralismo do abismo.
António Guterres considerou o marco essencial no processo de reforma do sistema multilateral, assim como para enfrentar os desafios mundiais urgentes, tendo afirmado que os referidos documentos resgatam o multilateralismo do abismo.