Diferencial entre taxas de câmbio oficial e informal cai 10% em 2022

O gestor, que falava à margem do encontro de negócios com empresários angolanos, organizado pela AIPEX, destacou a apreciação como preponderante para a melhoria do ambiente de negócio no país, sobretudo, para os investidores estrangeiros que pretendem expatriar os seus dividendos, em tempo oportuno e de modo seguro.

Manuel Dias apontou também como uma das causas da apreciação do Kwanza, a introdução, no mercado cambial de um regime de taxa de câmbio flexível, que permitiu ajustar o valor da moeda nacional às condições de mercado, funcionando, agora, normalmente, sem quaisquer restrições administrativas.

“No cômputo geral, durante o período em referência, o país viveu uma apreciação da taxa de câmbio, por conta da redução de oferta, e houve uma apreciação da moeda nacional na ordem dos 10%”, concluiu o vice-governador.

Quanto à Conta Corrente da Balança de Pagamentos de Angola, que era deficitária, no período de 2014 a 2017, disse o responsável, passou a ter saldos positivos desde o ano de 2018 (incluindo no ano de 2020, muito afectado pelo impacto da Covid-19), de 18% contra os 12 por cento de 2021.

Perspectivando, disse que se espera terminar o ano de 2023 com um saldo positivo da Conta Corrente, em torno de 3,2% do PIB.

Por outro lado, avançou que as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) do país rondaram, em 2022, os 14.5 mil milhões USD, um pouco acima se comparado ao período anterior de 2021.

Essa estabilidade das RIL, afirmou, permitiu uma reserva acima dos 6%, representando ligeiramente, em torno de uma cobertura acima dos seis meses de importação de bens e serviços.

Justificou que as reservas “têm-se mantido muito estáveis”, tendo a base desse equilíbrio a modificação no método de verificação das reservas que, presentemente, eliminam todos os passivos.