Cimeira da SADC vai discutir candidatura de Angola à presidência da União Africana

A pretensão da candidatura de Angola à presidência rotativa da União Africana (UA) no mandato de 2025 vai ser apreciada e discutida durante a 43ª Reunião Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC, nesta quinta-feira, em Luanda.

A informação foi avançada, ontem pelo porta-voz da Cimeira, Jorge Catarino Cardoso, no final da reunião do Conselho de Ministros, que confirmou a pretensão de Angola apresentar a candidatura. Questionado se as autoridades angolanas tinham solicitado apoio para a sua candidatura junto da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o diplomata disse ser um assunto ainda inconclusivo. “Só depois de ser apreciada pelos Chefes de Estado, haverá uma decisão (definitiva) sobre o assunto, mas o assunto faz parte da agenda”, referiu.

Ainda no quadro do processo de candidaturas, o também director para a África, Médio Oriente e Assuntos Regionais do Ministério das Relações Exteriores, adiantou que a SADC apresentou um conjunto de candidaturas para as organizações internacionais, quer ao nível da União Africana, quer nas agências das Nações Unidas.

“Este foi o fórum em que os Estados-membros com candidatos vieram solicitar o apoio da Região e neste sentido forjarmos as melhores estratégias diplomáticas para garantir que os nossos candidatos e as nossas candidaturas tenham melhores resultados e não se trata apenas de candidatos individuais”, disse Jorge Cardoso, ao se referir a um dos pontos discutidos na reunião do Conselho de Ministros.

A título de exemplo, apontou o facto de o líder do Parlamento da Tanzânia estar a concorrer para o cargo de presidente da União Inter-Parlamentar (UIP), cuja eleição acontece durante a assembleia a ter lugar em Outubro, em Luanda. A Zâmbia, por sua vez, concorre para o cargo de secretário-geral da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

Operações humanitárias e emergenciais

O porta-voz da 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC adiantou que, durante o encontro, a ter lugar na próxima quinta-feira, em Luanda, Angola deverá assinar o Memorando que estabelece a operacionalização do Centro Regional de Operações Humanitárias e Emergenciais, com sede em Moçambique. Oito países da SADC já assinaram o referido Memorando, faltando apenas três, incluindo Angola.

Jorge Cardoso disse que o instrumento vai garantir uma actuação concertada e coordenada da SADC em situações de calamidades naturais. “É uma medida de prevenção e gestão de desastres naturais”, disse. O diplomata falou também sobre os esforços para mitigar os riscos de desastres na região. Lembrou que a região tem registado ciclos de chuvas, inundações e estiagem, o que tem provocado uma situação de insegurança alimentar e destruição de importantes infra-estruturas.

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