Ucrânia deixa missão da ONU na RDC

Duzentos e cinquenta elementos das FA ucranianas que integravam a missão de manutenção da paz da ONU na República Democrática do Congo (RDC), a MONUSCO, regressaram a casa este domingo, dia 18, para ajudar a combater as forças russas.

Quando a retirada da unidade de aviação da Ucrânia foi anunciada, em Março último, vários diplomatas avisaram que a mesma poderia deixar a missão da ONU sem meios aéreos, nomeadamente helicópteros. Os oito helicópteros ucranianos, cerca de um terço da frota da ONU naquele país, são vitais na luta contra os vários grupos rebeldes baseados nas densas florestas do leste da República Democrática do Congo.

Jacques Ndjoli, que faz parte do comité de defesa parlamentar da RDC, disse à BBC que a retirada era dos ucranianos constituía um sério revés, no entanto, salientou que cabia ao exército congolês trazer a paz ao país.

No momento da retirada das tropas deste país do leste europeu, o comandante brasileiro da força da ONU, o General Marcos da Costa, referiu que “os seus 10 anos de imensa contribuição foram muito apreciados.”

A missão da ONU na República Democrática do Congo, MONUSCO, está sob pressão no país. É amplamente criticada por não fazer o suficiente para restaurar a paz no leste, onde numerosos grupos armados operam há três décadas, matando, violando e pilhando os ricos recursos minerais da região, tais como ouro e diamantes.

Em Julho, 36 pessoas, incluindo quatro elementos das forças de manutenção da paz da ONU, foram mortos quando manifestantes saquearam edifícios da ONU em cidades do leste da República Democrática do Congo.

Após 22 anos no país, a missão deveria estar a terminar, mas ainda não foi fixada uma data para o fim das suas operações. Esta é uma das maiores e mais caras missões de manutenção da paz da ONU.