Sucesso da 147ª Assembleia da UIP é prova da maturidade de Angola

Carolina Cerqueira, que falava durante a cerimónia de outorga de “menções honrosas” às cerca de 500 pessoas colectivas e singulares, entre deputados, funcionários parlamentares e representantes de empresas prestadoras de serviço directamente envolvidos na realização do evento, que decorreu em Luanda, no período de 23 a 27 de Outubro último, sublinhou que a Assembleia Nacional atingiu um nível bastante elevado.
“E temos de continuar com este nível para não defraudar a confiança, o respeito e as expectativas criadas à volta de nós, deputados”, disse a líder do Parlamento angolano, sublinhando em seguida que pode haver esta ou aquela crítica, mas o povo sente que a Assembleia Nacional existe, trabalha e os deputados deram alegria ao povo angolano.

Carolina Cerqueira considerou, ainda, ter sido um grande desafio a realização, em Angola, da 147ª Assembleia da UIP, destacando o facto de ter-se efectivado “sete meses depois” da aprovação durante a Assembleia da UIP, realizada no Bahrein, onde o país se fez presente com uma delegação parlamentar.

“Este desafio não é só para mim, como presidente da Assembleia (Nacional), mas também de todos que neste mandato comprometeram-se e juraram cumprir com as suas responsabilidades, perante o eleitorado e perante a Lei. Estamos todos de parabéns”, acrescentou.

Entre os deputados distinguidos com a “menção honrosa”, estiveram presentes no acto de recepção dos diplomas Idalina Valente, Pedro Neto, Florbela Malaquias, Arlete Chimbinda, Américo Chivukuvuku, só para citar estes.

A também deputada transmitiu aos presentes uma mensagem de felicitação endereçada pelo Presidente João Lourenço, considerando ter sido uma “saudação especial” do Chefe de Estado à forma competente como a Assembleia Nacional contribuiu para elevar o nome do país a “patamares internacionais”.

Durante o acto, que visou valorizar e destacar, igualmente, as acções das empresas de transportes, telecomunicações, higiene, segurança, telefonia móvel, alimentação, artes e gráfica, bebidas e espectáculo, Carolina Cerqueira justificou as outorgas ao mérito do trabalho de todas as pessoas envolvidas na organização da 147ª Assembleia da UIP e, por isso, digno de menção.

“Houve grande interligação, diálogo, entendimento, e pensamos que foi tudo muito pacífico e de uma forma muito interligada que conseguimos trabalhar. Tudo reflecte, efectivamente, que Luanda foi a capital do parlamentarismo, mas também do saber ser e do saber fazer”, referiu.

Mais felicitações

A presidente do Parlamento confessou que se sentiu tocada com a mensagem de felicitação “muito encorajadora e simpática”, recebida da vice-presidente do Tribunal Constitucional, juíza Laurinda Cardoso, a tecer elogios à maturidade, responsabilidade e competência dada a ver com a realização, com sucesso, do mediático evento internacional.

Do ministro do Interior, Carolina Cerqueira revelou ter sido alvo, também, de mensagens de felicitações. “Apesar de ter contribuído para a segurança do evento, também pediu para transmitir que foi com muito regozijo, elevada satisfação e orgulho que sentiu que o trabalho surtiu os seus resultados”, assegurou a presidente do Parlamento.

Pela primeira vez realizado na sede de um Parlamento, acrescentou a deputada, em virtude de os parlamentos dos países não terem condições, porque são pequenos para albergar as reuniões, Angola teve o mérito de acolher o evento devido à dimensão, estrutura, condições técnicas e materiais modernas das instalações da Assembleia Nacional.

“Os deputados de outros países sentiram o que é um Parlamento e acharam que o nosso é uma dádiva, uma casa tão bonita, com tantas condições e facilidade de mobilidade e de trabalho”, destacou.

Doação de material

Carolina Cerqueira anunciou, na ocasião, que a Assembleia Nacional vai doar aos lares de infância, de idosos e outros, durante o Natal, algum material mobiliário, a exemplos de mesas e cadeiras, utilizados para apetrechar a Arena da Baía, durante a realização da 147ª Assembleia da União Interparlamentar.

Os meios, segundo a presidente do Parlamento, não serão usados pela Assembleia Nacional e devem servir como uma contribuição da “casa das leis” para minimizar as dificuldades dos mais necessitados e vulneráveis.