Presidente da Costa de Marfim admite concorrer à quarto mandato

“Há cinco anos, nesta sala, indiquei que queria entregar as rédeas a uma nova geração. Hoje posso dizer que fiz bem em aceitar a proposta do meu partido. Até hoje, ainda não tomei uma decisão. Mas fique tranquilo, estou com boa saúde e ansioso para servir o meu país ”, declarou o presidente Alassane Ouatara, esta quinta-feira, 9 de Janeiro de 2025.

Segundo o Correio da Kianda, o politólogo, Victorino Mbuta, disse que a pretensão do Presidente Alassana Ouatara, faz parte do alegado “cancro das lideranças africanas, de se apegarem ao poder, mais representantes dos interesses externos, do que dos seus povos”.

Mbuta, declarou que “a visão e gestão dos actuais governantes em África colidem com os princípios dos pan-africanistas”.

O politólogo entende que “a Costa do Marfim é um estado refém de França”.

“O anúncio do Alassana Ouatara pode fazer ressurgir protestos, à semelhança do que ocorreu no passado recente nos países de Magrebe com a primavera árabe, por a juventude sentir-se sufocada pelas políticas que não se enquadram aos desafios de hoje”, disse.

Victorino Mbuta disse que “o continente africano sente um vazio em termos de tutela, apesar de ser rico em recursos naturais”, pelo que advoga uma nova tendência da meritocracia, ao contrário da partidocracia.

“África pode testemunhar surgimento de novos entes políticos, virado para a meritocracia ao invés de partidocracia, com vista dar resposta aos mais variados problemas sociais que apoquentam o continente berço da humanidade”, ressaltou.