OGE 2024 define a construção de três estradas prioritárias para a Lunda-Norte

A informação foi avançada, ontem, ao Jornal de Angola, pelo director de Comunicação Institucional e Imprensa (GCII) do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Paulo Tecas, no final de uma reunião de balanço que o titular do pelouro, Carlos dos Santos, teve com as autoridades da província, na sequência da visita de trabalho de algumas horas ao Dundo.
O ministro visitou, concretamente, as obras de contenção de ravinas na zona-1 da Centralidade do Mussengue, rotunda do Aeroporto Kamaquenzo e outras, incluindo os trabalhos de desassoreamento da conduta da Central Hidroeléctrica do Luachimo.

Além da reunião ter decorrido à porta fechada, Carlos dos Santos não prestou declarações à imprensa, mas o Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa assegurou que o governante transmitiu que a Estrada Nacional 170, que estabelece a ligação entre as sedes da comuna do Camaxilo, município do Caungula, passando pelo município do Lubalo, até à comuna do Camaxilo, em Capenda-Camulemba, num percurso de aproximadamente 208 quilómetros consta das prioridades para o exercício económico do próximo ano.

O Executivo, disse a fonte, vai também inscrever no OGE 2024, a via entre a sede municipal do Cuango/Cafunfu, com término no limite da fronteira com a República Democrática do Congo, num total de 201 quilómetros.

A terceira estrada que, também, figura das acções prioritárias é a que liga a localidade do N’zagi, município do Cambulo, com a comuna do Canzar, até ao Posto Fronteiriço do Tchicolondo, com a República Democrática do Congo.

“Já há garantias de que as três estradas, designadamente Camaxilo/Lubalo/Xinge, Cuango/Cafunfu, até à fronteira, assim como N´zagi/Canzar, terminando no Posto Fronteiriço do Tchicolondo, vão estar inscritas no OGE 2024. O senhor ministro deu esta garantia de que estas vias são prioritárias”, acrescentou Paulo Tecas. Decorridos quase nove anos desde a consignação para o início das obras de construção da Estrada Nacional 170, alegadamente por descontinuidade do financiamento do projecto, as autoridades da Lunda-Norte e a população do município do Lubalo defenderam sempre a criação de condições, sob pena do isolamento da circunscrição.

A via de acesso está em fase avançada de degradação, aliada aos sinais do surgimento de erosões, numa altura em que se entrou para o período de chuva, um problema por resolver e que ganha outro impulso com o anúncio do ministro Carlos dos Santos, no encontro com o Governo Provincial e algumas empresas do sector de Construção.

No troço sede do Lubalo, comunas do Camaxilo e Xinge, nos municípios do Caungula e Capenda-Camulemba, os trabalhos estão paralisados há nove anos. Trata-se de um percurso de 208 quilómetros, repartidos entre 115 e 93, apurou o Jornal de Angola.

A retoma das obras do troço Camaxilo/Lubalo até ao Xinge reveste-se de capital importância, por ser o “ramal” do ponto de partida, previsto para interligar os eixos rodoviários entre as Estradas Nacionais 225 e 230.

Contenção de ravinas

As obras de contenção de ravinas – que ameaçavam destruir alguns edifícios de quatro pisos da zona da Centralidade do Mussengue e outras infra-estruturas de impacto sócio-económico da cidade do Dundo, capital da Lunda-Norte, como a rotunda do Aeroporto Kamanquenzo, incluindo a rede viária do casco periurbano – decorrem a um ritmo satisfatório.

A garantia foi dada à imprensa pelo director nacional de Obras de Engenharia do Ministério de tutela, Lucau Kiampuco, ressaltando a execução dos trabalhos de contenção em todas as ravinas consignadas no início deste ano que estão em fase final.

De acordo com o responsável, a delegação, encabeçada pelo ministro Carlos dos Santos, saiu da Lunda-Norte com uma impressão positiva sobre as acções em curso.

Lucau Kiampuco disse que está em curso o projecto de desassoreamento de rios no país, incluindo o do Luachimo, na Central Hidroeléctrica, no Dundo, um trabalho iniciado na província de Namibe.