Falsos medicamentos contra malária matam milhares na África Subsariana
Medicamentos contrafeitos, e de baixa qualidade, contra a malária matam mais de 267 mil pessoas por ano na África Subsariana, comunicou, ontem, quarta-feira, dia 17, o Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia.
Ao longo dos anos, os medicamentos anti-palúdicos, que eram amplamente recomendados e fornecidos na África Ocidental – cloroquina e sulfadoxina-pirimetamina – perderam a sua eficácia, por isso governos da África Subsariana seguiram uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e mudaram para terapias combinadas à base de artemisinina (ACT), segundo o comunicado do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia ontem divulgado, citado pelo Notícias ao Minuto.
Devido à sua eficácia e utilização generalizada, os medicamentos contra a malária, especialmente os ACT, estão entre os medicamentos contrafeitos mais comuns no mundo, de acordo com o comunicado do ISS escrito pelo coordenador regional do Observatório da Criminalidade Organizada da África Ocidental, Feyi Ogunade.
A nível mundial, a China e a Índia são os principais produtores de ACT, assim como de outros medicamentos. Os Emirados Árabes Unidos, Singapura e Hong Kong “funcionam como centros de trânsito na cadeia de abastecimento global”, segundo o ISS.
Um relatório de 2023 da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) identifica a África Ocidental, em especial a Guiné-Conacri e o Burquina Faso, como pontos críticos para a venda de medicamentos falsificados.