Argélia apresenta candidatura formal a membro do BRICS
As autoridades da Argélia apresentaram uma candidatura formal a membro dos BRICS (sigla em Inglês) uma organização económico e comercial que junta Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A informação foi avançada pela representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino com o pelouro das associações internacionais, Leila Zarrougi, seguindo o portal de notícias Al Shorouk.
A Argélia, que participou como convidado na mais recente reunião do BRICS, na China, justificou a sua pretensão com a necessidade de se abrir comercialmente.
Já em Agosto, o presidente argelino, Abdelmayid Tebune, disse que o país cumpria “em grande medida” as condições para entrar na organização e admitiu o interesse de Argel pela influência económica e política do grupo.
Em reacção, o governo russo deu hoje as boas-vindas à pretensão argelina, através do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Mikhail Bogdanov.
Posteriormente, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, indicou que os Estados membros da organização “têm a intenção de negociar os critérios e os princípios da possível expansão da associação em breve”.
BRICS é um agrupamento de países de mercado emergentes em relação ao seu desenvolvimento económico. Trata-se de um acrónimo da língua inglesa que é geralmente traduzido como “os BRICS” ou “países BRICS” ou, alternativamente, como os “Cinco Grandes”.
O agrupamento começou com quatro países sob o nome BRIC, reunindo Brasil, Rússia, Índia e China , até que, em 14 de Abril de 2011 o “S” foi acrescido, resultando da admissão da África do Sul (do Inglês South Africa) ao grupo.
O grupo não é um bloco económico ou uma associação de comércio formal, como no caso da União Europeia. Diferentemente disso, os quatro países fundadores procuraram formar um “clube político” ou uma ”aliança”, e assim converter “o seu crescente poder económico em uma maior influência geopolítica”.
Desde2009, os líderes do grupo realizam cúpulas anuais.
A sigla (originalmente “BRIC”) foi criada pelo banco Goldman Sachs em um estudo de 2001 intitulado “Building Better Global Economic BRICs”.
Desde então, a sigla passou a ser amplamente usada como um símbolo da mudança no poder económico global, distanciando-se das economias desenvolvidas do G7 em relação ao mundo em desenvolvido.
As relações bilaterais entre os países dos BRICS têm sido conduzidas principalmente com base nos princípios de não interferência, igualdade e benefício mútuo.