Angola e Egipto abordam cooperação multilateral
O Embaixador de Angola na Etiópia e Representante Permanente junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Miguel César Domingos Bembe, e o seu homólogo egípcio, Mohamed Omar Gad, analisaram segunda-feira, dia 16, nesta capital, o estado da cooperação multilateral, sobretudo no âmbito da organização continental.
De acordo com uma nota de imprensa da embaixada da República de Angola na República Federal Democrática da Etiópia, o encontro serviu para a apresentação da candidata do Egipto ao cargo de Vice-Presidente da Comissão da União Africana (CUA), Hanan Morsy, uma economista com mais de 25 anos de experiência em organizações internacionais e instituições financeiras, como o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimnto (BERD), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a UNECA, onde exerce a função de Secretária Executiva Adjunta.
Ao abrigo de uma deliberação da 22ª Sessão Extraordinária do Conselho Executivo da União Africana, realizada a 15 de Março último, em Adis Abeba, Etiópia, o próximo Vice-Presidente da CUA, a ser eleito em Fevereiro de 2025, deve ser proposto pela Região Norte de África. Além do Egipto, a Argélia e o Reino de Marrocos também já indicaram candidatos para o referido posto.
A decisão assenta no princípio da rotatividade inter-regional e da proporcionalidade do género (apresentação de candidatos dos sexos feminino e masculino), refere a nota.
O Vice-Presidente do órgão executivo da UA é responsável pela administração e finanças, devendo garantir a disponibilidade ideal dos recursos necessários para cumprir os objectivos da organização continental.
Deve promover também a implementação das reformas administrativas, orçamentais e financeiras da UA e liderar, a nível continental, programas de capacitação e desenvolvimento de quadros africanos.
A actual Comissão da União Africana, a quinta, eleita em 2021 deverá concluir o seu mandato em Fevereiro de 2025, ocasião em que a República de Angola assumirá, pela primeira vez, a Presidência da organização continental.