Angola é a terceiro país com maior número de aeronaves no continente africano
Manter uma grande frota de aeronaves já não é um luxo para os países africanos que lidam com questões de segurança complexas, objectivos económicos e grandes extensões geográficas; é uma necessidade estratégica, revela a publicação ‘Business Insider Africa’.
Uma força aérea robusta permite que um país africano monitorize e proteja eficientemente o seu espaço aéreo. Com perigos que vão desde travessias ilegais de fronteiras e tráfico de armas até vigilância não autorizada e actividades terroristas, o domínio aéreo permite que um país identifique, dissuada e responda rapidamente a transgressões da sua integridade territorial.
Alguns países do continente enfrentam ameaças assimétricas, como insurgências, banditismo e terrorismo, que são frequentemente conduzidas em terrenos distantes ou desafiantes. As aeronaves, particularmente caças, aviões espiões e helicópteros de ataque, fornecem capacidades de reacção rápida que as tropas terrestres não conseguem igualar.
De acordo com dados da Global Firepower, em 2024, o Egipto tinha a força aérea militar mais temível do continente, seguido pela Argélia e Angola. Este também foi o caso em 2025, sem que nenhum país africano no primeiro lugar registasse qualquer alteração na dimensão da sua frota de aeronaves.
Para além do tempo de guerra, as frotas aéreas têm uma importante função humanitária. Os aviões de transporte e os helicópteros são essenciais para a resposta a catástrofes durante inundações, secas, doenças e terramotos, que se estão a tornar cada vez mais comuns em todo o continente.
Além disso, é necessário monitorizar e proteger activos económicos críticos, incluindo instalações petrolíferas, locais de mineração, rotas marítimas e infra-estruturas essenciais.
As aeronaves desempenham um papel importante na monitorização de extensas costas, zonas económicas exclusivas e rotas comerciais. Para os países que dependem das exportações e do tráfego marítimo, as patrulhas aéreas são fundamentais no combate à pirataria, ao contrabando e à exploração ilegal de recursos.
A manutenção de uma frota aérea moderna incentiva o investimento em formação técnica, engenharia e conhecimentos de aviação. Isto produz uma força de trabalho qualificada, capaz de servir não só aeronaves militares, mas também empresas civis do sector aeroespacial e adjacentes.