Angola assume “Comité Ad-Hoc” do Processo Kimberley

Em quatro dias de debates, os representantes dos 85 países presentes no evento testemunharam a passagem da presidência rotativa do Processo Kimberley (PK) do Botswana para o Zimbabwe, que a partir do dia 1 de Janeiro de 2023 assume os destinos da organização, sendo a vice-presidência entregue aos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Segundo uma nota de imprensa enviada esta terça-feira à ANGOP, os participantes definiram também que a República do Botswana albergará o Secretariado Permanente do Processo Kimberley, órgão de certificação da origem dos diamantes, concebido para evitar a compra e venda de diamantes provenientes de áreas de conflitos.

No evento, que serviu para debater e avaliar os relatórios anuais apresentados pelos responsáveis dos grupos e comités de trabalhos, Angola esteve representada por uma delegação encabeçada pelo coordenador nacional do PK, Paulo Mvika.

Sob o lema “Diamantes, um catalisador para a sustentabilidade e desenvolvimento”, a Reunião Plenária serviu, igualmente, para analisar a programação das visitas de missões de avaliação do Processo Kimberley, bem como a análise das estatísticas de produção e exportação de diamantes dos países participantes, além da criação do Comité Ad-hoc do novo Círculo de Revisão e Reforma do PK.

Na abertura do certame, o Presidente da República do Botswana, Mokgweetsi Eric Keabetswe Masisi, apelou a necessidade de se proteger a indústria diamantífera, enquanto meio de subsistência e desenvolvimento socioeconómico de milhões de pessoas em todo o mundo.

O Sistema de Certificação do Processo Kimberley é o órgão de certificação da origem dos diamantes, concebido para evitar a compra e venda de diamantes provenientes de áreas de conflitos.

Angola é membro do Processo Kimberley desde 2003, ano da criação do PK, tendo assumido a sua presidência rotativa em 2015.