Vice-Presidente da República defende Educação ao serviço da paz e harmonia social

A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, defendeu, quarta-feira, em Luanda, que a Educação deve estar ao serviço do desenvolvimento, da paz, da harmonia social e da busca de soluções de problemas locais e até globais.

Ao proferir o discurso de abertura da XII Reunião de Ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu numa das unidades hoteleiras da capitaldo país, Esperança da Costa encorajou os ministros presentes a continuarem empenhados na concretização dos eixos e objectivos estratégicos do Plano de Acção de Cooperação Multilateral de Educação na CPLP 2002-2024, numa altura em que os desafios das economias Digital, Azul, Verde, Laranja e da digitalização de serviços convocam à inovação, à adopção de políticas estratégicas comuns e uma resposta conjunta aos desafios contemporâneos do ensino.

Esperança da Costa destacou a importância de se transmitir às crianças a iniciação ao cálculo matemático, às línguas e às TICs, com a componente ética subjacente, uma vez que a Educação deve estar voltada para a humanização, ensinar a cooperar e não sempre a competir.

“A Educação constitui um dos pilares da nossa comunidade. Nela assentam as bases para o desenvolvimento sustentável, nos mais variados domínios. A CPLP deve, no seu conjunto, continuar engajada nas questões atinentes à Educação, sobretudo, uma educação capaz de acompanhar as mutações que se operam no plano das tecnologias”, ressaltou.

A Vice-Presidente da República, que presidiu à sessão de abertura, acompanhada, entre outros, pela ministra da Educação de Angola, Luísa Grilo, do representante do secretário executivo da CPLP, João Ima-Panzo, destacou a importância de se começar a olhar, cada vez mais, para posições concertadas, intensificando a cooperação e canalizando-a para segmentos específicos da Educação, com ênfase para a financeira, para acção climática e educação para as tecnologias, com forte incidência para as digitais, nesta Era da Inteligência Artificial, da Internet das Coisas e das Redes Sociais.

“Temos, na CPLP, países que estão a avançar neste sentido, os quais, no quadro de uma cooperação mais estreita, podem contribuir, em grande medida, para o avanço dos demais. Estamos cientes de que até lá, temos uma longa estrada por fazer. Mas precisamos de iniciar esta caminhada, respeitando as peculiaridades e as potencialidades de cada um dos Estados-membros da nossa Organização”, apontou, ressaltando a necessidade de haver na organização uma dinâmica que permita a cooperação fluir e se concretize no fomento da literacia, nas TICs e na investigação científica, sempre mediada pela língua portuguesa, veículo de comunicação oficial, de partilha de conhecimento, de valores e da identidade, enquanto espaço comunitário.

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