MNE russo coloca nas mãos dos líderes africanos futuro do Grupo Wagner em África

De relações cortadas com o Kremlin, o Grupo Wagner pode enfrentar problemas de financiamento para operar noutros países, nomeadamente de África.
Apesar de, há dois dias, o MNE russo ter garantido que os Wagner iriam continuar em África, hoje, um comunicado oficial parece entrar em contradição.
Segundo o comunicado hoje emitido, o ministério chefiado por Serguei Lavrov diz que afinal manter os paramilitares no terreno é uma decisão que cabe a cada país. A perda do apoio russo pode criar dificuldades no acesso a equipamento militar pesado até agora assegurado por Moscovo, excepto se a Bielorrússia assumir a responsabilidade, uma vez que se propôs a receber os Wagner.
Para já, sabe-se que os paramilitares estão a dar seguimento às operações no Mali e na República Centro Africana sem qualquer alteração táctica.
Entretanto, Moscovo pôs de parte a hipótese de Prigozhin ser extraditado para os Estados Unidos para responder pelos crimes de que é acusado. O MNE russo garante que será a Rússia a revolver a situação sem interferências externas.