Lula defende mediação descomprometida no conflito russo-ucraniano

O presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou a defender uma reforma do sistema global, afirmando que “é uma moda os países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU invadirem os outros sem autorização.” Lula falava numa conferência de imprensa de balanço da sua viagem a Itália, que hoje terminou.

Os americanos e europeus, disse o presidente brasileiro, estão demasiado envolvidos no conflito russo-ucraniano, e por isso não estão em condições de se sentar à mesa para procurar uma saída pacífica. Contudo, países neutros como o Brasil, a China, a África do Sul e a Índia poderiam fazê-lo. Para haver um acordo, todavia, afirmou que ambos os lados precisam de ceder. “Um acordo de paz não é uma rendição, os dois envolvidos têm de ganhar alguma coisa”, disse, lembrando que o Brasil condenou na ONU a invasão russa e defendeu a integridade do território ucraniano num voto nas vésperas do primeiro aniversário da guerra.

A devolução integral dos territórios invadidos é uma exigência sine qua non do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para se sentar à mesa de negociações. Os russos, contudo, recusam fazê-lo, afirmando que a Península da Crimeia – anexada unilateralmente em 2014 – os territórios de Luhansk e Donestk, no Leste, e Kherson e Zaporíjia, no Sul, fazem parte do território russo.

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