Líderes africanos instados a tomar medidas decisivas em matéria de clima

Um grupo de reflexão sediado em Nairobi, o Power Shift Africa, publicou um relatório intitulado “Agenda de África para a COP28”, apenas uma semana antes da próxima cimeira sobre o clima no Dubai.

O relatório apela a acções sem precedentes para combater a escalada da crise climática e descreve seis áreas-chave de enfoque. O estudo sublinha a necessidade urgente de finalizar o Fundo de Perdas e Danos, para fazer face ao impacto das catástrofes provocadas pelo clima nas comunidades vulneráveis. O documento insta os líderes africanos a trabalharem em conjunto, realçando a necessidade de os países ricos cumprirem as suas promessas de financiamento da luta contra as alterações climáticas.

Os pontos principais incluem um mandato bem definido para o Programa de Trabalho para uma Transição Justa, a duplicação do financiamento da adaptação, a prioridade aos empréstimos concessionais de baixo risco e o cumprimento da promessa de 100 mil milhões de dólares, já atrasada, por parte dos países desenvolvidos. O relatório destaca a importância das subvenções em detrimento dos empréstimos, alinhando o apoio financeiro com os princípios de justiça para os países em desenvolvimento.

Com a COP28 vista como um ponto de viragem, o documento defende o compromisso de África para com um futuro sustentável e mais verde. O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou 2023 como o fim do aquecimento global, tornando este ano crucial para a acção climática.

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