Encerrada a última base da Renamo na Gorongosa

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, participou esta manhã, dia 15, juntamente com o Presidente da Renamo, Ossufo Momade, na cerimónia do encerramento da última base da Renamo, em Vunduzi, no distrito da Gorongosa, província de Sofala, no centro do país.

O acto, carregado de simbolismo, marca o fim da fase de Desarmamento e Desmobilização do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR). O processo de DDR iniciou-se a 31 de Julho de 2019, com a desmobilização dos primeiros antigos guerrilheiros da Renamo na Base de Vunduzi.

“Muito podem questionar porque é que começámos aqui e terminamos aqui. Aqui é o Estado Maior General da Renamo, por isso era justo que o processo se iniciasse aqui e terminasse aqui. A partir desta base a Renamo controlava muitas outras”, referiu Nyusi. E acrescentou: “O acto que aqui testemunhamos representa o escalar de mais um degrau na caminho para uma paz duradoura, tão reclamada pelos moçambicanos como merecida. Para a paz duradoura não existe a etapa final, é um processo que tem de ser alimentado de forma infinita. Por isso esta parcela do nosso país, Vunduzi assume uma grandeza histórica singular, não como epicentro de um conflito armado, mas como baluarte da paz e reconciliação entre os moçambicanos.”

Por fim, recordou Afonso Dlakhama, o histórico líder da Renamo, com quem encetou o processo. “Foi nas proximidades deste lugar que mantive o histórico encontro com o então líder da Renamo. Lembro-me da coragem que Dlakhama demonstrou naquelas fases iniciais do processo que foram centrais para orientar o esforço que nos conduziram a este desfecho, apesar do seu precoce desaparecimento. Estabeleceu balizas sólidas que deu para chegar aqui, como resultado do franco diálogo foram decretadas tréguas.”

Recorde-se que este processo está a ser implementado no quadro do Memorando de Entendimento sobre Assuntos Militares, anexo do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, que foi assinado a 6 de Agosto de 2019 pelo Presidente Nyusi e pelo líder da Renamo, Ossufo Momade, abrangendo um total de 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo.

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