Angola pretende reforçar cooperação com a Índia sobretudo na área da saúde

O Presidente João Lourenço, manifestou o desejo de reforçar a cooperação com a Índia, sobretudo na área da saúde, para aperfeiçoar a formação de especialistas, convidando investidores indianos a abrirem mais negócios no país.

Intervindo após receber a sua homóloga indiana Droupadi Murmu no Palácio Presidencial, na segunda-feira, dia 10, o governante destacou que as duas nações mantêm relações de amizade desde 1979, frisando que, durante as conversações, as partes identificaram áreas de interesse comum que devem ser desenvolvidas.

“Queremos particularizar o caso da luta contra o cancro, uma das poucas doenças que ainda nos obriga a enviar para o exterior cidadãos angolanos acometidos por esta enfermidade. Desejamos que os especialistas indianos acompanhem o evoluir das obras do novo hospital de oncologia e o tipo de equipamento que está a ser instalado”, descreveu.

Citado pela agência Lusa, o dirigente acrescentou que gostaria de ver investidores indianos a montar fábricas de produção de medicamentos e vacinas em Angola, lembrando que “a Índia é muito forte neste domínio, sobretudo na produção de genéricos, com os quais abastece praticamente o mundo todo.”

Além da saúde, João Lourenço destacou a cooperação nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e na indústria aeroespacial, referindo que o país dispõe actualmente de um satélite de telecomunicações e encomendou um segundo, de observação. “Gostaríamos que, também neste domínio, andássemos lado a lado”, disse.

Por sua vez, a Presidente indiana felicitou Angola pelos 50 anos de independência e pela liderança na União Africana, recordando que, durante a visita de João Lourenço à Índia, foram revistos vários aspectos da cooperação bilateral e assinados memorandos, incluindo uma linha de crédito de 200 milhões de dólares para apoiar os sectores da defesa.

Durante o encontro, delegações ministeriais de Angola e da Índia assinaram vários instrumentos jurídicos nos domínios das pescas, aquicultura e recursos marinhos, serviços aéreos, fauna e biocombustíveis.

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