Angola a caminho do 928 Challenge em Macau

A vencedora da categoria de ‘startups’ do Angola Innovation Summit (AiS) vai ter um lugar garantido na final do 928 Challenge, anunciou a organização da competição entre os países de língua portuguesa e a China, em Macau.

De acordo com o director do AiS, José Bucassa, citado no comunicado, as startups angolanas estarão “mais próximas de outros mercados, nos quais podem identificar e estabelecer parcerias e, quiçá, captar investimentos”.

Lusa Marco Duarte Rizzolio, cofundador da competição, explica que a maioria das startups que concorreram nas duas primeiras edições do 928 Challenge “com maior valor acrescentado ou que estão num estado mais avançado normalmente vêm dos países mais desenvolvidos”.

“É importante para o 928 [Challenge] que estejam bem representados todos os países” de língua portuguesa, disse Rizzolio, também docente da Universidade Cidade de Macau.

Entretanto o projecto de uma equipa da Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, de produção de biogás a partir de desperdício em explorações avícolas, alcançou em Outubro o segundo lugar na segunda edição da competição.

O financiamento de capital de risco para África cresceu 8% em 2022, atingindo 6 mil milhões de euros, embora o financiamento a nível mundial tenha caído 35%, segundo um relatório divulgado pela Partech Partners.

Ainda assim, lamentou Rizzolio, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) “ainda estão muito atrás dos mercados anglófonos, como Quénia, África do Sul e Nigéria”, mas não por falta de qualidade.

O académico culpa a falta de conhecimento dos investidores ocidentais no que toca aos PALOP, “a barreira do idioma” e o tamanho do mercado lusófono em África.

Uma alternativa, disse Rizzolio, é a aposta nos investidores da China, “o segundo maior mercado do mundo de fundos de capital de risco”.

No final de Novembro, o 928 Challenge organizou uma sessão ‘online’ onde seis ‘startups’ portuguesas apresentaram os negócios a fundos de capital de risco na China.

O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e de várias universidades de Macau e da Grande Baía e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

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