Adalberto JURA que prefere ver jovens da UNITA sem casa

O líder português da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, tem cada vez mais dificuldade em mostrar o que pretende para o país e, sobretudo, para os jovens, apesar destes serem a maioria da população.

Na semana passada, num encontro da OMUNGA, em Benguela, decidiu anunciar a saída dos jovens da JURA do Conselho Nacional da Juventude CNJ), alegando que as casas disponibilizadas por esta entidade aos jovens, servem, afinal para comprar as suas consciências. Só não disse que ele mesmo vive numa casa… do Estado!

O político luso-angolano deu assim luz-verde para a saída da JURA da posição que ocupa no CNJ (1° Vogal do Conselho Fiscal), de onde resulta que não quer que os jovens do seu partido tenham direito a receber casas do Estado, por via da Plataforma CNJ.

Adalberto não dá – nunca deu – importância especial aos jovens, ainda que fale muito deles. Veja-se, por exemplo, o programa eleitoral da UNITA, o mesmo que os angolanos rejeitaram nas eleições de Agosto de 2022, dando a vitória ao MPLA.

O documento tem apenas 8 referências à palavra juventude, e quatro à palavra jovens, prometendo banalidades e dando a entender que aqueles que cumprirem com sucesso o serviço militar obrigatório, por exemplo, poderão ter de ficar presos à vida militar. É o mesmo programa que também diz que os melhores alunos serão “fortes candidatos” a bolsas de estudo – queiram ou não.

Agora, prepara-se para lhes retirar o direito a habitação do Estado, do CNJ, porque diz que as casas servem para comprar consciências.

Omite convenientemente que muitos jovens da JURA já receberam casas (terão de devolver?) e que ele próprio e outros dirigentes da UNITA vivem em casa… atribuídas pelo Estado! O seu próprio falecido ‘pai’ Savimbi, teve casa do Estado no Miramar.

A falta de bom senso, de patriotismo, vai mais longe. O luso-Adalberto adora pôr Angola nas notícias, sempre com falsidades e manipulações, ora falando ele mesmo, ora pondo outros a falar por si: há dias, em declarações à Lusa, o líder da JURA veio afirmar – talvez para justificar a argumentação do chefe – que o CNJ “nos últimos anos, desviou-se da sua missão fundante. Tornou-se num movimento de mobilização para elevar a imagem do actual Presidente da República e do MPLA, que tem a imagem completamente para baixo”.

Nelito Ekuikui acrescentou que pondera voltar a integrar somente quando o CNJ “se transformar numa verdadeira plataforma de defesa dos direitos da juventude angolana”.
“Vamos ver se eles mudam. Aí voltaremos. Se não mudarem, nós vamos fazer o quê? Tenho de liderar a Juventude angolana, portanto, vamos transformar a JURA na plataforma capaz de congregar a juventude angolana no sentido de fazer a alternância e permitir que a juventude consiga salvaguardar os seus direitos, direito ao trabalho, direito à habitação, direito à educação”, manifestou.

Ficou claro: a UNITA, que acusa o Governo do MPLA de comprar consciências, não compra vontades, mas decide pelos jovens que integram: querem casa? Comprem se puderem, porque as casas dadas pelo Estado não lhes servem: durmam na rua! JURA que é verdade?

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